Oposição aposta na vitória de Dimdim em Feijó

Se depender de uma avaliação superficial do que se ouve pelas esquinas de comentários de eleitores mais esclarecidos, o reinado da Frente Popular do Acre está com os dias contatos na cidade de Feijó. A dobradinha entre tucanos e peemedebistas na disputa pela prefeitura caiu no gosto das famílias, principalmente depois que foram comprovas as denúncias de corrupção eleitoral envolvendo o candidato do Partido dos Trabalhadores, nas últimas eleições. O ex-sindicalista e ex-deputado estadual, Juarez Leitão, ganhou nas urnas, mas a justiça decidiu que ele não deveria permanecer no cargo porque comprou votos, e novas eleições foram convocadas e devem acontecer no dia 22 novembro próximo.

Raimundo Pinheiro (PSDB), "o Dimdim", candidato à prefeito e seu vice, Pelé Campos (PMDB), perderam as eleições por 91 votos. Leitão assumiu a prefeitura de Feijó, deixou o cargo na Assembléia Legislativa e Hammerly da Silva Albuquerque, "o Merla" ocupou a cadeira. A partir daí a situação ficou complicada para a turma do PT. Jorge Viana - ex-governador do estado, Binho Marques, atual governador e Tião Viana, senador, - que subiram no palanque de Juarez Leitão defendendo a ética, caíram numa lama de escândalos de corrupção (compra de votos), e vão ter que engolir a rejeição dos feijoenses. Leitão conseguiu ficar apenas oito meses à frente da prefeitura e segundo se comenta na cidade, fez bastante farra com dinheiro público. As denúncias foram acatadas pelo Ministério Público Estadual. Teve aluguel de 10 veículos no valor de R$ 3 mil, injustificável, perfazendo um dívida superior a R$ 30 mil mensais. Segundo consta, o petista ainda contemplou aliados e alugou dezenas de máquinas, sem licitação, deixando uma conta de R$ 49 mil, além de promessas de emprego não cumprida e a falta de atenção ao povo.

"Ele (Juarez Leitão), se dizia o aliado do governo, do presidente Lula e do senador Tião Viana e, que a cidade iria melhorar na administração dele. Só que neste tempo eles não fizeram nada pelo o povo, mas encheram os bolsos e sumiram", disse Pelé Campos. "Os petistas estão fazendo terrorismo com essa história da cidade ter que eleger de novo um prefeito. Estão espalhando mentiras e boatos por todo o lado, querendo atrapalhar o processo. Mas estamos unidos e agora será feito a vontade do povo", declara Dimdim.

Dimdim e Pelé, acreditam que não terão dificuldades para vencer as eleições, se entrar na briga alguém quem não tenha compromisso com a cidade. "Ficamos sabendo que a Frente Popular deve colocar o ex-deputado estadual Merla Albuquerque para concorrer à prefeitura. Mas ele não tem compromisso com o povo. Ele foi embora a muito tempo da cidade pra estudar e só volta em período eleitoral para se aproveitar das pessoas. Ele não tem bom convívio e bom relacionamento com os moradores, na Aleac também não fez nada: entrou calado e saiu mudo", enfatiza Pelé.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AC) resolveu que o povo terá que ir novamente às urnas para eleger o prefeito de Feijó. O processo eleitoral inicia dia 28 de outubro e as eleições ocorrerão em novembro, dia 22. A chapa de oposição permanece, já para os governistas o cenário é outro, sem muitas perspectivas de vitória. Enquanto a situação eleitoral não se define Cláudio Braga (PP), do mesmo partido de César Messias -vice governador, ocupada a cadeira de prefeito interino, e já recebeu ordens para não fazer muito . Enquanto isso a ausência de políticas públicas na cidade permanece grande, nas ruas há um desejo agora de reverter o quadro elegendo alguém que ainda não teve a chance de administrar Feijó e, que represente as necessidades de todos, que tenha simpatia. Mas do que nunca todas as apostas são para a oposição virar à mesa, e o povo tem pressa para decidir essa situação.

Francisco Costa, correspondente em Feijó
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